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sábado, 12 de maio de 2018

Apesar de servidores terem confessado participação em esquema de falsificação de notas escolares, vereador Haroldo Mota diz que operação Educação do Mal é “pirotecnia”

Na sessão legislativa da última sexta-feira, dia 11, um acalorado debate a cerca de denúncias de suposta fraude em notas escolares no colégio municipal Padre Manoel Lima e Silva foi destaque na Câmara Municipal de Vereadores.
Os principais protagonistas da discussão foram os vereadores Ernando Mesquita, de oposição, e Haroldo Mota, do bloco de situação. Enquanto Ernando repetiu o que estampam as matérias de sites e jornais, locais e estaduais, sobre o suposto esquema de falsificação de resultados obtidos por estudantes com baixo desempenho, Haroldo criticou o trabalho do delegado André Firmino, que comanda o inquérito que apura o caso.
Haroldo Mota disse que é preciso esperar o final das investigações e classificou a operação “Educação do Mal”, deflagrada na manhã da última quarta-feira, dia 09, de “pirotecnia”. Mota ignorou o fato de três servidores municipais  terem confessado participação no crime. Já o vereador Ernando informou que teve acesso às provas de falsificação e disse crer que as denúncias são verdadeiras.
Dr. André Firmino comandou a operação nomeada de "Educação do Mal", que investiga um esquema criminoso de alteração de notas de estudantes. A fraude teria como objetivo conseguir arrecadar recursos federais e estaduais a partir de boas notas dos alunos. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na quarta-feira, dia 09.  A investigação começou há cinco meses. Foram apreendidos documentos e computadores na escola Padre Manoel Lima e Silva. Quatro servidores municipais eram responsáveis por fraudar as notas dos alunos que possuíam rendimento abaixo da média. Na ação, as notas eram alteradas para números acima da média. Conforme a Polícia Civil, os dados eram mudados e alunos que nunca fizeram provas também apareciam como aprovados.
A Polícia acusa os envolvidos de crimes de associação criminosa, inserção de dados falsos em sistema de dados da administração pública, prevaricação, condescendência criminosa e exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado. Outras pessoas podem ser identificadas e investigadas a partir da apreensão do material.
A investigação apurou que na referida escola deveriam ter acontecido 32 reprovações, no entanto apenas dois alunos foram reprovados. Existia uma orientação para não reprovar os alunos e a escola receberia uma verba, neste ano, com duas parcelas de aproximadamente seis mil reais, pois possui um índice de aprovação alto. A investigação deve seguir para outras instituições de ensino da cidade e a Polícia Civil não descarta que escolas de outras cidades estejam adotando a prática. O secretário da Educação do município foi notificado e deve prestar depoimento.
Haroldo Mota ainda criticou de modo geral o trabalho de André Firmino, dizendo que o delegado “gosta de prender cidadão e os ‘cabra’ que mata os outros ele não gosta muito não”, disse Haroldo Mota.
Dr. André Firmino desde que chegou ao município, em novembro de 2017, vem realizando brilhante trabalho de combate aos mais diversos tipos de crimes. Sob seu comando a Delegacia de Itapajé elucidou crimes de morte, prendeu assassinos foragidos da Justiça e vem coibindo como nunca antes os crimes de pedofilia em nossa cidade. Além disso, a Polícia Civil tem obtido sucesso na recuperação de telefones roubados e resolução de outros crimes contra o patrimônio.
A sensação geral é de que a população aprova as ações das autoridades policiais. O apoio às operações é manifesta também através de mensagens na rede social Facebook. 

Fonte: Blog do Mardem
Postado por Raimundo Lima

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