A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara só votará a reforma da Previdência
após o governo enviar a proposta que trata de novas regras de
aposentadoria para militares, informaram líderes na noite de ontem.
A
expectativa é que a comissão seja instalada amanhã, e já possa iniciar
os trabalhos e debates. A votação da admissibilidade da Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência, no entanto,
ficará em modo de espera, aguardando o envio do projeto sobre os
militares.
"Está combinado entre todos os líderes de que
quando a proposta dos militares chegar, aí pode ser votada a
admissibilidade do pacote da Previdência. Então, começa a se debater, a
CCJ funcionando, mas vota a admissibilidade quando chegar a proposta dos
militares", disse a jornalistas o líder do PPS, Daniel Coelho (PE), que
participou de reunião de líderes na noite da segunda-feira na
residência do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A
aposentadoria dos militares tem sido um dos temas sensíveis da reforma, e
provoca resistência entre parlamentares, mesmo entre alguns
identificados com o governo.
O líder do PSL, Delegado Waldir (GO),
reconheceu que a tramitação da PEC poderia ter sido acelerada caso o
governo já tivesse enviado a proposta que trata dos militares. Ele
ponderou, no entanto, que o projeto dos militares exige um quorum menor
para ser aprovado, e lembrou que o presidente da Câmara se comprometeu a
pautar as novas regras de aposentadoria de militares somente após a
votação da PEC.
"Eu penso que se o governo tivesse feito isso de
forma concomitante, com certeza já iniciaria nessa semana a discussão",
afirmou. "Não aconteceu isso, então vamos esperar o tempo certo. Não
podemos ser precipitados", acrescentou.
No plenário, a PEC da
Previdência precisará de ao menos 308 votos favoráveis em dois turnos de
votação. Já um projeto de lei necessita de apenas um turno de votação e
de maioria simples para ser aprovado.
Fonte: UOL
Postado por Raimundo Lima
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