Após 13 horas de julgamento, o Conselho de Sentença da 5ª Vara do
Júri da Comarca de Fortaleza condenou dois réus por sete homicídios e
três tentativas de homicídio ocorridos no Bairro Benfica, na noite de 9
de março de 2018. Um terceiro acusado foi inocentado pelos jurados. O
julgamento do crime conhecido como Caso Benfica ocorreu nessa
quarta-feira, 06/11, no 1º Salão do Júri, no Fórum Clóvis Beviláqua. Os
três já estavam presos preventivamente e foram sob escolta à sessão.
Douglas Matias da Silva deverá cumprir 189 anos, quatro meses e 12
dias de prisão em regime inicialmente fechado, além de 40 dias multa a
ser calculada no mínimo legal, pelos crimes de homicídio triplamente
qualificado (por motivo torpe, com meios cruéis e sem possibilidade de
defesa), que vitimou cinco pessoas. Também foi declarado culpado por
homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e sem possibilidade de
defesa) de outras duas vítimas e ainda foi condenado por tentativa de
homicídio triplamente qualificado contra mais três pessoas.
O réu Stefferson Mateus Rodrigues Fernandes foi condenado pelos
mesmos crimes e cumprirá 170 anos e oito meses de reclusão e pagará
multa de igual valor. O júri popular ainda considerou que os acusados
cometeram dois crimes conexos: corrupção de menor e participação em
organização criminosa, que influenciaram a dosimetria da pena.
Já o terceiro acusado, Francisco Elisson Chaves de Souza, foi
inocentado das acusações de homicídio triplamente qualificado contra
três vítimas e das acusações de tentativa de homicídio triplamente
qualificado de duas pessoas. Porém, foi condenado pelo crime conexo de
organização criminosa, e teve pena estipulada em quatro anos e dez meses
de reclusão e multa. A juíza considerou desvalor de três circunstâncias
judiciais, restando fixar o cumprimento em regime fechado inicialmente.
O julgamento foi presidido pela Juíza Valência Maria Alves de Sousa
Aquino, titular da 5ª Vara do Júri. A sessão estava prevista para durar
dois dias, mas cinco das oito testemunhas foram dispensadas e somente
uma das três vítimas sobreviventes precisou ser ouvida. Os debates orais
entre acusação e defesa também não tomaram todo o tempo previsto,
adiantando a decisão, proferida ainda na noite de ontem.
Fonte: Repórter Ceará com Ascom
Postado por Raimundo Lima
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