Coronavírus já foi confirmado em 19 dos 121 bairros de Fortaleza, diz Prefeitura
Um levantamento preliminar da Coordenadoria de
Vigilância em Saúde (Covis), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de
Fortaleza, revela que o novo coronavírus havia chegado a 19 dos 121
bairros da Capital até as 17h desta sexta-feira (20), quando a cidade
ainda tinha 51 casos confirmados. O número corresponde a 15,7% dos
bairros da cidade e indica aqueles que confirmaram pelo menos uma
ocorrência.
Após a elaboração da lista, o último boletim epidemiológico da
Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), também desta sexta, mostra que, dos
68 casos do Estado, 63 estão na Capital. Arte: SVM
A maior parte dos casos está na Regional II, com 13 bairros afetados. O
coronavírus foi registrado no Meireles, Aldeota, Praia de Iracema,
Joaquim Távora, Dionísio Torres, Varjota, Cocó, Papicu, Vicente Pinzón,
Praia do Futuro I, De Lourdes, Guararapes e Engenheiro Luciano
Cavalcante.
“São casos importados, a grande maioria de pessoas que vieram do
exterior, de São Paulo ou Rio. Pessoas de classe social mais elevada, e
em bairros com maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). No início
dessas epidemias de vírus respiratórios que vêm de outros Estados ou
países, elas afetam primeiro as pessoas que utilizam o transporte
aéreo”, explica Antônio Lima, gerente da Célula de Vigilância
Epidemiológica da SMS.
A Regional VI vem logo em seguida, com quatro bairros impactados: Edson
Queiroz, Parque Iracema, Cambeba e José de Alencar. A Regional IV tem
dois bairros com confirmações: Fátima e José Bonifácio. As Regionais I,
III, V e Centro não tiveram nenhum caso contabilizado.
Assentamentos precários
As informações devem ser atualizadas neste sábado (21), num novo mapa
georreferenciado com mais detalhes sobre a disseminação da doença. “Se
ocorrer a propagação, esse mapa muda muito rápido. É muito dinâmico, e
amanhã pode ser que ele já tenha mudado muito”, diz o gerente.
Segundo Antônio Lima, o principal alerta se destina aos assentamentos
precários nos bairros com maior densidade de pessoas por domicílio,
principalmente nas Regionais I e V. Por isso, para ele, os decretos do
Governo do Estado e da Prefeitura de Fortaleza restringindo o
funcionamento de estabelecimentos e recomendando o distanciamento social
é acertada.
“Uma doença de transmissão respiratória num domicílio que tem sete,
oito, nove pessoas é extremamente preocupante. Um decreto como esse tem
uma razão muito clara: inibir a circulação entre os bairros da cidade
para diminuir a velocidade de propagação da doença. Se a pessoa vem de
um bairro mais distante, como Messejana, ou de outro município, como
Maracanaú, contrai o vírus e leva para lá, a propagação tende a ser mais
rápida”, descreve.
Fonte: Diário do Nordeste
Postado por Raimundo Lima
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