Professores das redes públicas de estados, municípios e do Distrito
Federal, que não possuem curso superior ou que lecionam em área
diferente da sua formação, devem ficar atentos à data de pré-inscrição
do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor)
presencial. O período começa em 20 de janeiro de 2015 e se estende até
13 de março.
A Plataforma Freire, espaço dedicado ao educador no
portal do Ministério da Educação, informa a oferta de 500 vagas para a
primeira licenciatura e 210 vagas para a segunda licenciatura. Os cursos
terão início em julho do próximo ano.
Em vigor desde 2009, o
Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica abre todos
os anos turmas especiais em cursos de licenciatura e em programas de
segunda licenciatura, na modalidade presencial, exclusivas para
educadores das redes públicas que não possuem formação superior na área
em que atuam, conforme exigência da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB).
A oferta de cursos, turmas e vagas obedece a uma
dinâmica com três fases em sequência: as redes públicas e os institutos
federais de educação profissional informam o número de vagas de que
suas redes precisam; as instituições de ensino superior, que participam
do Parfor, definem e informam a oferta de cursos e de vagas, e os
educadores fazem a pré-inscrição na licenciatura que pretendem cursar.
Todo o processo é realizado na Plataforma Freire.
Requisitos –
Para ocupar as vagas da primeira licenciatura, o professor precisa
atender diversos requisitos: estar vinculado a uma rede pública
estadual, municipal ou do Distrito Federal; estar no exercício da
atividade do magistério; não ter curso de licenciatura. A carga horária
mínima é de 2.800 horas, das quais 400 horas de estágio supervisionado. A
duração do curso é de quatro anos.
Já o educador com graduação
em área diferente daquela em que leciona precisa estar há pelo menos
três anos na rede pública para fazer a segunda licenciatura. Esse curso
tem carga horária de 800 horas a 1.400 horas e duração entre dois anos e
dois anos e meio. O Parfor também oferece formação pedagógica para
docentes graduados não licenciados, no exercício da docência nas redes
públicas. Essa formação complementar é de 540 horas, ministrada durante
um ano.
Os cursos são gratuitos para todos os professores. O
custeio é responsabilidade da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior (Capes), que repassa recursos para as instituições de
ensino superior responsáveis pela formação, supervisão de estágios e
certificação. Cabe às secretarias de educação oferecer aos cursistas
material escolar, transporte, hospedagem e alimentação durante o curso.
Resultados –
De maio de 2009, quando foi criado, a dezembro de 2012, o Parfor
colocou em salas de aula 54,8 mil professores em turmas especiais,
segundo balanço publicado pela Capes. No período, foram implantadas
1.920 turmas em 397 municípios. Professores das regiões Norte e Nordeste
foram os que mais procuraram formação. Até 2012, o Parfor atendeu
28.073 educadores da região Norte e 20.781 do Nordeste. Na sequência,
aparecem as regiões Sul (3.422 professores), Sudeste (1.847) e
Centro-Oeste (753).
O Plano Nacional de Formação de Professores
da Educação Básica integra um conjunto de políticas públicas do governo
federal em parceria com estados, municípios e instituições de ensino
superior para transformar o magistério. Compõem esse grupo de políticas o
Piso Nacional do Magistério, instituído em julho de 2008; os cursos de
mestrado profissional para educadores das redes públicas; o Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação á Docência (Pibid), que visa o
aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores; o Programa
de Consolidação das Licenciaturas (Prodocência), que fomenta a inovação,
a elevação da qualidade dos cursos do magistério, a valorização da
carreira do professor.
Ionice Lorenzoni
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20970
Nenhum comentário:
Postar um comentário