terça-feira, 25 de novembro de 2025

SAGA DO CABRESTO NO PROCESSO POLÍTICO-ELEITORAL BRASILEIRO

 


Leitor, o processo político brasileiro, em alguns municípios, tem se tornado insustentável. O cabresto político e a fome de poder têm sido profundamente prejudiciais aos eleitores de modo geral. Vejam os detalhes a seguir.

Em muitas cidades, políticos se valem de cargos comissionados e contratos temporários para se perpetuar no poder, geralmente acompanhados de apoiadores e familiares, custe o que custar. Alguns ainda se preocupam com a Lei de Responsabilidade Fiscal, outros nem tanto.

O cabresto se tornou uma chaga que corrói a mente das pessoas. Grupos políticos instalados no poder monitoram todos os passos dos contratados: obrigam a seguir páginas em redes sociais, proíbem o acesso a determinados sites que não comungam com os interesses do grupo e, pasmem, não permitem que o servidor tire foto com pessoas ou políticos considerados adversários. O primeiro escalão e os aliados mais próximos estão sempre de prontidão para levar as “informações fresquinhas” ao gestor principal.

O relato de um município evidencia bem essa prática. A vítima contou que havia marcado uma reunião com o gestor para tratar de política. No entanto, quatro dias antes, em caminhada política, um outro político passou na residência do cidadão, e sua equipe registrou o momento com uma foto. Isso foi suficiente para que ele fosse impedido de participar da reunião previamente marcada. Já o amigo que o indicou também foi chamado atenção. Ou seja, o acordo foi rompido antes mesmo de acontecer. O popular ditado se encaixa bem: “Quem come do meu pirão prova do meu cinturão.”

Esse monitoramento se estende a todos os cargos comissionados e aos contratos temporários. Muitas vezes, é preciso extremo cuidado com o que se diz e com quem se senta à mesa.

Esse modelo arcaico de fazer política é extremamente prejudicial para o processo democrático de direito. Embora não vivamos uma ditadura, essa prática vil e covarde massacra e humilha famílias que desejam apenas trabalhar honestamente e garantir o sustento. Para certos políticos, isso não basta: é preciso demonstrar quem manda, em um comportamento muito semelhante ao narcisismo.

E esse modelo de política tem sido observado nos quatro cantos do país, mas ocorre com maior frequência em municípios de pequeno porte, justamente por facilitar o monitoramento. Os grupos dominadores contam com delatores de plantão, e todos os passos são seguidos em tempo real. Quem não segue as diretrizes corre o risco de perder sua vaga para alguém disposto a se submeter ao regime.

Fiquem ligados! Traremos mais informações ao longo de nossa programação.

Postado por RL
Texto: Raimundo Lima

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