No mundo contemporâneo, o acesso a uma educação de qualidade tem sido cada vez mais validado como instrumento de emancipação social, uma vez que possibilita aos cidadãos o acesso a informações estratégicas, o desenvolvimento de competências e o conhecimento dos seus direitos e deveres.
Nesse contexto, o dirigente municipal de educação (DME) é constantemente desafiado no exercício de sua missão de garantir o direito de aprender de todos e de cada um na sua plenitude.
Ele precisa não só disponibilizar sua força de trabalho, mas também dispor de sólida formação, responsabilidade e compromisso pessoais, além da capacidade de mobilizar e articular pessoas e instituições em torno de objetivos comuns, ou seja, de exercer a liderança do trabalho educacional no município. Esse exercício exige a conjugação de duas competências: a política e a técnica. Requer também que o foco de convergência de todas elas seja a gestão pedagógica e, nesta, a permanência e o sucesso dos alunos na escola.
Porém, a forma pela qual o DME exerce sua liderança é fator decisivo para que as políticas educacionais sejam levadas adiante. As vantagens intrínsecas do processo democrático de tomada de decisão – os múltiplos pontos de vista, a legitimação das escolhas feitas, a prevalência do melhor argumento – e também as mais recentes conquistas sociais do povo brasileiro apontam a gestão participativa e democrática como fundamental para se atingir a qualidade social da educação nacional. Essa forma de liderar, uma vez assumida, perpassa todas as funções que compõem o papel do DME. Neste sentido, a atuação dos diversos conselhos da área educacional bem como dos fóruns, conferências, audiências públicas e da própria câmara de vereadores deve ser estimulada e valorizada, em termos de consulta, orientação, compartilhamento de decisões, fiscalização e controle das ações dos órgãos gestores e da aplicação de recursos.
No exercício de sua gestão, o DME deve ainda imbuir-se firmemente do espírito republicano no qual o bem público é considerado como de todos e, sendo de todos, não poderá jamais ser propriedade de alguns. E, para respaldá-lo um pouco mais sobre a gestão republicana, é importante lembrar que "a noção de res (coisa) pública nasce associada à noção de
estado laico, constitucional, democrático, de afirmação de direitos do homem e do cidadão e da convivência democrática dos poderes".
(Fonte: PRADIME)
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