Procedimentos hospitalares de amputação de membros por conta de
problemas de saúde em decorrência de diabetes somaram 466 procedimentos
em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) do Ceará, até julho deste
ano. Em média, são 67 amputações por mês. Nos últimos três anos, foram
1.764 ocorrências, deixando o estado cearense em segundo lugar no
Nordeste, ficando atrás apenas da Bahia, com 2.607 amputações, de acordo
com o Ministério da Saúde.
A diabetes é uma doença que afeta os vasos sanguíneos, o que provoca a
neuropatia diabética, um distúrbio nervoso ocasionado pela grande
quantidade de glicemia no sangue. Conforme a endocrinologista Lilian
Loureiro Cavalcante, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes no
Ceará, a complicação pode provocar amputações. “Relacionada a isso, você
tem um trauma que abre um ferimento e gera uma úlcera que, se não for
tratada adequadamente, pode levar a outras complicações. Logo, isto
culminará na retirada de um dedo, um pé e, às vezes, dependendo do
problema, se ele se estender, pode ocasionar a retirada do membro todo”,
explica.
Conforme dados obtidos pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), por
meio do Datasus, a maioria das amputações causadas pela diabetes,
contudo, não são de membros inferiores. Dos 466 procedimentos realizados
até julho deste ano, 179 casos de amputação de dedo foram registrados, o
que representa 38,41% do total. Em seguida, vem a de membros inferiores
(perna), com 170 casos registrados; e o número de amputações de pé e
tarso, com 117 procedimentos.
Fonte: Repórter Ceará com informações do Diário do Nordeste
Postado por Raimundo Lima
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