A taxa de homicídios femininos no Ceará chegou a 7 vítimas por 100 mil mulheres, considerado o segundo maior do país. O índice fica atrás somente do Mato Grosso do Sul, com 7,8 para cada 100 mil mulheres. O dado é do Anuário da Segurança e foram divulgados nesta quinta-feira (15) pelo Fórum Brasileiro e são referente a 2020.
(Erramos: O G1 errou ao afirmar que o Ceará tinha a maior proporção de mulheres vítimas de homicídio no país, com 20,7 a cada 100 mil mulheres. A informação constava no Anuário Brasileiro de Segurança Pública e foi corrigida pelo próprio Fórum Brasileiro de Segurança Pública, organizador do documento, nesta quinta-feira (15). O Ceará é o segundo do ranking no país, com 7 a cada 100 mil mulheres na taxa de homicídios. O erro foi corrigido às 18h17).
No estado, 8,2% de todos os assassinatos de mulheres foram classificados como feminicídios (quando a motivação da morte está ligada à condição de ser mulher), percentual muito inferior à média nacional de 34,5%.
"Isso indica que é provável que muitos casos de feminicídios tenham sido classificados erroneamente apenas como homicídios", conclui a pesquisa.
Violência doméstica
Em todo o Brasil, foram registrados pelo menos 230.160 casos de violência doméstica contra mulheres, mas esses dados não incluem os números do Ceará.
Conforme o estudo, "230.160 mulheres denunciaram um caso de violência doméstica em 26 UFs, sendo o Ceará o único estado que não informou. Isto significa dizer que, ao menos 630 mulheres procuraram uma autoridade policial diariamente para denunciar um episódio de violência doméstica".
A Secretaria da Segurança Pública do Ceará (SSPDS) informou ao G1 que foram realizadas 18.903 registros de denúncias de violência doméstica em 2020, um número 17% menor que 2019, quando o estado registrou 22.760 denúncias.
Ceará tem maior taxa de homicídio
O Ceará teve também o maior crescimento na taxa da mortalidade se comparados os números de 2019 e 2020. A taxa de mortalidade considera o número de assassinatos em proporção ao número de habitantes. No Ceará, esse aumento foi de 75,1%.
"E, já é consenso, que isso ocorreu pela conjunção de fatores desencadeados pelo motim da Polícia Militar no estado, que desarranjou a cena local da criminalidade e as políticas públicas que estavam em curso e que faziam do estado um dos principais responsáveis pela redução da taxa nacional em 2018 e 2019.", diz o estudo.
Ainda conforme o Fórum, esse "desarranjo político" deu margem para planos de expansão de uma facção criminosa iniciar ações ofensivas contra o maior bando rival.
Fonte: Portal G1
Postado por Raimundo Lima
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