Os
resultados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) 2013
foram divulgados na tarde da última sexta-feira (5), em coletiva de
imprensa realizada no Ministério da Educação, em Brasília (DF). Na
ocasião estavam presentes o ministro da Educação, Henrique Paim; o
presidente do Inep, Chico Soares; a secretária de Educação Básica (SEB/
MEC), Maria Beatriz Luce; a secretária de Educação Continuada,
Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi/ MEC), Macaé Evaristo; a
presidenta do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed),
Maria Nilene Badeca da Costa; e a presidenta da União Nacional dos
Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho.
Os
resultados já estão disponíveis na página do Inep e podem ser acessados
em quatro formatos: Brasil, estado, município e escola. Clique aqui para acessar os resultados!
De
acordo com as informações apresentadas, o Ideb ultrapassou a meta
prevista para os anos iniciais do Ensino Fundamental, etapa
prioritariamente oferecida pelas redes municipais. Isso porque, em 2013,
a meta era de 4.9. O resultado atingido para essa etapa foi de 5.2. O
que significa uma superação de 0.3. As metas da rede municipal de ensino
foram alcançadas por 69,7% dos municípios brasileiros.
A
rede estadual, responsável por 18% das matrículas nos anos iniciais do
Ensino Fundamental, também superou as metas. Em mais de 70% dos
municípios, as escolas estaduais ultrapassaram a nota 5.0.
Nos
anos finais do Ensino Fundamental, o Ideb atingiu 4.2. A meta era de
4.4. Apesar de não ter atingido a meta, houve uma pequena evolução. Isso
porque, nessa etapa de ensino, o índice em 2011 era de 4.1.
Durante
a apresentação dos resultados, o presidente do Inep, Chico Soares,
ressaltou a importância da formação dos professores como fator essencial
para melhoria da qualidade da educação. E reforçou o fato de que agora o
censo escolar permite que o Inep conheça o perfil de cada professor. “A
partir desse conhecimento estamos produzindo um indicador. E a pergunta
é: será que ter professores qualificados impacta no Ideb? A resposta é:
sim”, afirmou.
De acordo com ele, em
2005, quando o Ideb foi calculado pela primeira vez, 7,1 milhões das
crianças matriculadas nos anos iniciais estavam em escolas cujo Ideb era
de 3.7. Atualmente esse número caiu para 1,7 milhão de crianças.
A
presidenta da Undime e Dirigente Municipal de Educação de São Bernardo
do Campo (SP), Cleuza Repulho, concorda com o presidente do Inep e
acrescenta: “Os municípios que vêm investindo em formação de professores
e infraestrutura têm demonstrado bons resultados. Mais uma vez, a
Undime defende a importância do investimento no setor, aliado à boa
gestão”, afirmou.
O ministro da
Educação, Henrique Paim, disse que a melhora nos anos iniciais é
resultado de um esforço significativo que tem sido feito no país. Já em
relação aos anos finais, Paim disse, que é preciso analisar quais são os
elementos que devem ser trabalhados para se ter um melhor desempenho
nessa etapa.
Além disso, o ministro definiu o recém aprovado Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/2014)
como uma “janela de oportunidades”. “O PNE estabelece que o Ministério
da Educação é o coordenador das ações previstas pelas metas e
estratégias. Antes não havia essa definição”, apontou. Segundo ele,
entre vários pontos, é preciso avançar na pactuação e mobilização com os
gestores, tanto municipais, quanto estaduais e na questão do currículo,
iniciativa que já vem sendo trabalhada pelo MEC.
Ensino Médio
– Nessa etapa de ensino o Ideb se manteve. A meta era de 3.9.
Entretanto, o resultado ficou em 3.7, o mesmo de 2011. “A complexidade
da gestão do Ensino Médio deve ser levada em consideração”, apontou
Paim.
(Fonte: UNDIME.)
Pesquisa: Raimundo Lima
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