O Ministério da Educação (MEC) lançou hoje (18) o Portal da Educação Integral.
A página, que já está no ar, reúne informações e notícias sobre o tema,
permite o acesso rápido ao Programa Dinheiro Direto na Escola – por
meio do qual as escolas recebem os recursos para as atividades – e
oferece espaço para conferências pela internet.
O ensino em tempo integral é uma das
apostas para melhorar a educação básica. Durante o período em que estão
na escola, os estudantes, além das aulas, recebem acompanhamento
pedagógico e participam de outras atividades, como prática de esportes,
atividades culturais e de comunicação. A jornada da educação integral
deve ser, no mínimo, de sete horas diárias ou 35 horas semanais. Com
recursos do Programa Mais Educação, o MEC financia a implementação da
jornada integral em escolas com baixo desempenho, de regiões
vulneráveis.
“Estamos analisando cada escola, para
ver o que podemos ajudar para que possam melhorar a performance”, disse o
ministro da Educação, Henrique Paim. De acordo com o presidente do
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Romeu Caputo, o
governo investiu neste ano mais de R$ 1 bilhão no programa, o que
corresponde a execução em dia dos valores previstos no Orçamento.
A oferta de educação integral está
também no Plano Nacional de Educação (PNE), que estabele metas para o
setor nos próximos dez anos. Segundo o plano, a educação integral, que
atualmente chega a aproximadamente 35% das escolas públicas, deve
atingir 50% pelo menos. Além do programa federal, alguns estados e
municípios oferecem os próprios programas.
Para a secretária de Educação Básica,
Maria Beatriz Luce, a oferta de educação integral evidencia outros
problemas na educação básica, que precisam ser enfrentados, como a
reorganização da jornada e carreira dos professores. “Precisamos pensar
que as escolas progressivamente deverão contar com professores em tempo
integral”, diz ela, e ressalta que os profissionais vão poder “se
dedicar a uma escola só, e não a jornadas em duas, três, quatro
escolas”. Segundo ela, o governo defende que os recursos dos royalties do petróleo sejam usados também para melhorias na carreira dos docentes e em formação.
Como parte do PNE, a implementação do ensino integral deverá constar nos planos estaduais e municipais de Educação, que devem ser concluídos até o final de junho do ano que vem.
Pesquisa: Raimundo Lima.
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