O Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP) anunciou que vai
colaborar com as autoridades cearenses no combate à violência. Após a
chacina que deixou 14 mortos e 18 feridos em Fortaleza, o órgão federal
informou que uma força-tarefa federal vai atuar na investigação do caso e
na ação de repressão às facções criminosas. O anúncio foi feito, neste
domingo (28), pelo titular da Pasta, ministro Torquato Jardim.
Já o governador Camilo Santana (PT) anunciou três medidas emergenciais
que serão adotadas após a matança. A primeira, será a criação de um
Centro Integrado nos moldes da Ciops (Coordenadoria Integrada de
Operações de Segurança) que vai reunir representantes da própria
Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS e suas vinculadas
(Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Perícia
Forense do Ceará e Academia Estadual da Segurança Pública), além da
Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejus), Ministério Público, Poder
Judiciário, Polícia Federal e Defensoria Pública.
A segundo medida anunciada a criação, por parte da Polícia Federal, de
um grupo especializado que irá investigar a ação das facções criminosas
no estado.
E a terceira medida será adotada pelo Tribunal de Justiça do Estado do
Ceará (TJCE), que deve criar uma Vara especializada para apurar os
crimes atribuídos às facções criminosas.
Centro
Conforme o governador, no centro integrado que vai reunir representantes
de vários organismos da Segurança Pública serão traçadas as medidas que
viam agilizar o combate ao crime organizado. Ele aproveitou a
oportunidade para, mais uma vez, transferir para o governo federal a
responsabilidade pela criminalidade no Ceará.
“Estamos pagando um preço muito alto pela ação dessas facções, que
brigam por território. São grupos armados, criminosos, que se formaram
no Rio de Janeiro e São Paulo”, admitindo pela primeira vez,
publicamente, o poder dos grupos criminosos que hoje dominam o estado.
Rebateu
O ministro da Justiça rebateu as declarações do governador Camilo
Santana, que tanta transferir para o governo federal as
responsabilidades pelo fracasso no combate à violência no Ceará. O
estado apresentou índice recorde de crimes em 2017. Camilo agora repete
que o estado é "vítima" da ação das facções originárias do Rio de
Janeiro e São Paulo e diz que o Governo Federal não tem impedido a
entrada de armas e drogas no País.
Fonte: Jornalista Fernando Ribeiro
Postado por Raimundo Lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário