Um modelo matemático desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC), chamado de Sistema de Monitoramento Preditivo (SIMOP),
prevê que o pico das infecções por coronavírus aconteça na segunda
quinzena de maio no Ceará. O dado é obtido através de informações
disponibilizadas pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa).
Essa data apontada, da segunda quinzena, se confirma pelo modelo
criado pelo pesquisador André Lima Férrer de Almeida, do departamento de
Engenharia de Teleinformática (DETI), levando em conta
apenas os casos diagnosticados. O estudo avalia ainda que
a estabilidade de casos deve ocorrer em junho e a diminuição nos meses
seguintes.
Cenários em que acontece o colapso do sistema ou não também são
considerados. São incluídos no modelo também a disponibilidade de
leitos, casos assintomáticos e o impacto da subnotificação. O sistema
usa a janela temporal de 35 dias, partindo do dia 15 de março até dia
20 de abril para calcular as datas do pico.
O grupo de trabalho é formado de pesquisadores do Centro de
Tecnologia da universidade e do Observatório da Indústria, parte da
Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).
Bairros mais afetado
Em outra pesquisa também desenvolvida por cientistas da UFC, foram
estudados aspectos de densidade populacional, uso e ocupação do solo e
índice de desenvolvimento humano (IDH) para analisar
quais territórios de Fortaleza poderiam ser os mais atingidos pela
pandemia de Covid-19. Além das variáveis socioespaciais, foram
examinados fatores como precipitação, umidade, temperatura e velocidade
dos ventos.
Os bairros que se mostraram mais possivelmente atingidos pela
pandemia foram Aldeota, Cais do Porto, Vicente Pinzón, Praia do Futuro,
Moura Brasil, Barra do Ceará, Canindezinho, Centro, Cristo Redentor,
Edson Queiroz, José de Alencar, Presidente Kennedy, Papicu e Vila Velha.
A pesquisa, coordenada pelo professor Antonio Paulo Cavalcante, do
departamento de Integração Acadêmica e Tecnológica, os dados podem
ajudar na formulação de estratégias de ações sanitárias nos locais.
Fonte: Diário do Nordeste
Postado por Raimundo Lima
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