Foi
publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 6 de
novembro, portaria interministerial que altera os valores do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (Fundeb) e o valor anual mínimo nacional por
aluno para 2015. A publicação ocorreu por causa da retificação das
matrículas de São Luís Gonzaga (MA) e Balneário Barra do Sul (SC), por
decisão judicial, e devido ao comportamento da arrecadação no atual
exercício.
Os valores do Fundeb para 2015 haviam sido estimados na Portaria
17/2014. A previsão inicial indicava uma receita total de R$ 132,1
bilhões. Desse total, R$ 121,2 bilhões seriam referentes à soma das
contribuições de Estados, Distrito Federal e Municípios. O restante, R$
10,9 bilhões, da complementação da União aos mesmos 10 Estados: Alagoas,
Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e
Rio Grande do Norte.
De acordo com a nova estimativa da Portaria Interministerial 8/2015, a
receita total do Fundo é de R$ 130,4 bilhões, sendo R$ 119,7 bilhões
das contribuições de Estados, Distrito Federal e Municípios e R$ 10,7
bilhões de complementação da União.
Porém, agora o Rio Grande do Norte perde a complementação da União ao
Fundeb por ter ultrapassado o valor mínimo nacional previsto para R$
2.545,31. Só recebem complementação da União ao Fundeb os nove Estados
que não alcançaram o valor mínimo nacional por aluno/ano. São eles:
Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e
Piauí.
Finanças devem piorar
Com base nas Portarias
Interministeriais 15/2014 e 8/2015, que divulgam a última estimativa de
receita do Fundeb para 2014 e a atual estimativa para 2015, o reajuste
do piso dos professores deverá ser de 11,36% no próximo ano. Com a taxa
do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPC) acumulada de
9,9% nos últimos 12 meses e a situação precária das finanças municipais
em função da crise, será difícil que os Municípios consigam cumprir esse
reajuste.
Posicionamento CNM
A Confederação Nacional de
Municípios (CNM) reafirma sua posição em defesa da aprovação do texto
original do Projeto de Lei 3776/2008, do Executivo, para adoção do INPC
como critério de atualização anual do valor do piso nacional do
magistério público de educação básica, como solução definitiva para essa
questão.
Também reforça seu entendimento de que aumentos reais de salários
devem ser negociados pelos governos dos entes federados subnacionais
juntamente com os professores.
(FONTE E AGRADECIMENTOS: PORTAL CNM)
PESQUISA: RAIMUNDO LIMA.
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