O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, anunciou nesta terça-feira, 20, que o coordenador-geral de sua campanha será o senador Tasso Jereissati
(PSDB-CE). O parlamentar cearense foi presidente interino no partido no
ano passado e se notabilizou por liderar o grupo dos "cabeças pretas".
Em 2017, Jereissati travou disputa pública com o senador Aécio Neves
(PSDB-MG), que tentava se manter no controle do partido mesmo após ser
atingido por denúncias da delação da JBS. Jereissati e Aécio trocaram
farpas pela imprensa e, desde então, deixaram de ser próximos.
"Como o Tasso não é candidato porque ele tem mais quatro anos de
mandato (no Senado), Alckmin solicitou que ele fizesse essa mediação (na
campanha). Ele (Tasso) vai trabalhar em cima do programa de governo", explicou o 2º vice-presidente do PSDB, deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP).
Tasso também causou polêmica no PSDB, no ano passado, quando colocou no
ar, em cadeia de rádio e televisão, uma propaganda partidária tucana na
qual o PSDB fazia uma espécie de mea-culpa por ter aderido ao
"presidencialismo de cooptação" do governo Michel Temer. Na ocasião, o
partido rachou e Tasso defendeu à imprensa que a sigla precisava se
aproximar do "pulsar das ruas". Questionado se esse pensamento seria
priorizado também na campanha de Alckmin, Tripoli respondeu
positivamente. "Eu acho que o caminho é por aí", disse à reportagem.
Coincidência?
O senador Aécio Neves foi uma das ausências na reunião da Executiva do
PSDB, realizada nesta terça-feira, na sede do PSDB em Brasília. A
direção da legenda decidiu hoje referendar, oficialmente, a
pré-candidatura de Alckmin à Presidência. Isso porque o prefeito de
Manaus, Arthur Virgílio Neto, desistiu das prévias partidárias após desentendimento interno.
Fonte: Diário do Nordeste
Postado por Raimundo Lima
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