Na Ceasa, a greve já é responsável por reduzir a oferta da
batata-inglesa, produto que chega ao Ceará da Bahia, Minas Gerais e São
Paulo. O quilo da mercadoria, que custava R$ 3,50 há três dias, já está
sendo vendido por R$ 4, aumento de 14,2%.
Amanhã, o consumidor começará a sentir aumento nos preços de outros
itens, como cenoura, repolho, tomate, uva itália, melão japonês,
abacaxi e laranja pera. “Muitos caminhões não estão conseguindo chegar à
Ceasa. Se a paralisação continuar, amanhã já vamos começar a sentir os
impactos”, afirma o analista de mercado da Ceasa, Odálio Girão.
Para ele, a manifestação dos caminhoneiros é legítima, considerando
o elevado preço do diesel e de outros combustíveis, algo que deixa os
valores dos fretes mais elevados. Por outro lado, defende a necessidade
de o Brasil diversificar seus modais de transporte de cargas.
Atualmente, mais de 60% das mercadorias circulam por rodovias.
“A gente precisa de mais ferrovias e hidrovias, por exemplo. A
Transnordestina, que poderia ser uma ótima alternativa em situações como
a que estamos enfrentando, ainda não saiu do papel. Além disso, o
Governo precisa encontrar alternativas para evitar novos aumentos nos
valores dos combustíveis”, diz.
De acordo com Odálio, as mercadorias que ficarão mais caras amanhã,
caso o bloqueio nas rodovias continue, vêm de estados como Bahia, Minas
Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do
Norte, Sergipe e Maranhão.
A cenoura, cujo quilo está sendo comercializado na Ceasa por R$
2,50, pode chegar a R$ 3 nesta quinta-feira. O repolho passaria de R$
2,50 para 3, e o tomate de R$ 3 para R$ 4. Já o valor da uva itália
saltaria de R$ 4,50 para R$ 5. O melão japonês de R$ 2,50 para R$ 3,
enquanto o preço do abacaxi sairia de R$ 3,50 R$ 4. O quilo da laranja,
por sua vez, passaria de R$ 2 para R$ 3.
Fonte: www.opovo.com.br
Postado por Raimundo Lima
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