Beneficiada pelos serviços e pela indústria, a criação de empregos
com carteira assinada atingiu, em setembro, o maior nível para o mês em
cinco anos. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, 137.336 postos
formais de trabalho foram criados no último mês. O indicador mede a
diferença entre contratações e demissões.
A última vez em que a criação de empregos tinha superado esse nível
tinha sido em setembro de 2013, quando as admissões tinham superado as
dispensas em 211.068. A criação de empregos totaliza 719.089 de janeiro a
setembro e 459.217 nos últimos 12 meses.
Na divisão por ramos de atividade, sete dos oito setores econômicos
criaram empregos formais em setembro. O campeão foi o setor de serviços,
com a abertura de 60.961 postos, seguido pela indústria de
transformação (37.449 postos) e pelo comércio (26.685 postos). A
construção civil abriu 12.481 vagas, seguida pelos serviços industriais
de utilidade pública (1.091 vagas), administração pública (954) e
extrativa mineral (403).
O nível de emprego caiu apenas no setor da agropecuária, que demitiu
2.688 trabalhadores a mais do que contratou no mês passado.
Tradicionalmente, setembro registra contratações pela indústria, que
começa a produzir para o Natal. Em contrapartida, o mês registra
demissões no campo, por causa da entressafra de diversos produtos.
Nos serviços, os grandes destaques foram o comércio e a administração
de imóveis, valores mobiliários e serviço técnico, que abriu 25.872
postos, e os serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção e
redação, com 13.168 vagas. A indústria foi impulsionada pelos produtos
alimentícios, bebidas e álcool etílico, com 29.652 postos.
Regiões
Todas as cinco regiões brasileiras criaram empregos com carteira
assinada em setembro. O Nordeste liderou a abertura de vagas, com 62.177
postos, seguido pelo Sudeste (38.933 vagas). Foram abertos 18.063
postos no Sul, 10.262 no Norte e 7.901 no Centro-Oeste.
Na divisão por estados, apenas o Mato Grosso do Sul demitiu a mais do
que contratou, com o fechamento de 2.645 postos formais de trabalho. As
maiores variações positivas no saldo de emprego ocorreram em São Paulo
(22.448 vagas), Pernambuco (21.414), Alagoas (15.179) e Paraná (9.487).
Fonte: Repórter Ceará – Agência Brasil
Postado por Raimundo Lima
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