Senador se licenciou da presidência do PSDB em maio e, nas últimas semanas, ala tucana passou a defender que ele renuncie. Questionado, Aécio disse que não discute assunto com a imprensa.
Senadores do PSDB se reuniram nesta terça-feira (24) na liderança do
partido, pela segunda semana seguida, para definir futuro de Aécio Neves
(MG) à frente da legenda, mas o encontro terminou novamente sem
definição.
Desde a semana passada senadores tucanos e o presidente interino da legenda, Tasso Jereissati, passaram a defender que Aécio renuncie ao comando do partido.
Como a reunião havia sido marcada para esta terça, a expectativa era que Aécio desse uma resposta no encontro.
Mas, ao deixar a reunião, Aécio voltou a dizer que não discute questões partidárias com a imprensa.
Reunião de 'avaliação'
Ao sair da reunião, o senador Tasso Jereissati disse que a reunião
serviu para que os tucanos fizessem uma "avaliação da situação". Para
ele, a "solução definitiva depende de Aécio".
"O senador Aécio Neves, dentro do seu livre arbítrio, analisando a
situação, deve ter uma conversa conosco ainda nesta semana. Uma solução
definitiva depende dele [Aécio]", disse.
Mas, pouco antes, o líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), chegou a
dizer que Tasso deve permanecer na presidência da legenda até a
convenção partidária, marcada para dezembro.
"A liderança do partido continua sendo Tasso, no pleno exercício do
mandato de presidente, com plena liberdade e solidariedade de todos os
membros da bancada, e deve permanecer até 9 de dezembro, quando teremos a
convenção", disse Bauer.
Entenda a polêmica
Eleito presidente do PSDB em maio de 2013, com o objetivo de disputar a Presidência da República nas eleições de 2014, Aécio se licenciou do comando do partido em maio deste ano e indicou para a função o também senador Tasso Jereissati (CE).
A licença foi anunciada por ele em meio à crise política que o atingiu diante as delações de executivos do grupo J&F, que controla a JBS.
Na ocasião, o tucano chegou a ser afastado do mandato pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin – em junho, Marco Aurélio derrubou o afastamento.
Ainda em junho, Aécio foi denunciado pela Procuradoria Geral da República pelos crimes de obstrução de Justiça e corrupção passiva.
A PGR ainda pediu o afastamento do tucano e, no último dia 26 de setembro, a Primeira Turma do STF determinou o afastamento – decisão posteriormente derrubada pelo Senado.
Diante de toda essa polêmica, o presidente interino do PSDB, senador
Tasso Jereissati, passou a defender publicamente a renúncia de Aécio,
argumentando que o senador "não tem condições" de retomar a presidência do partido.
O que diz Aécio
Ao retomar o mandato, na semana passada, Aécio fez um breve discurso no plenário do Senado no qual se disse vítima de uma "ardilosa armação". Ele também declarou que provará a inocência dele no caso.
(Fonte: Portal G1)
Postado por Raimundo Lima
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