O relator da reforma da Previdência no Senado, senador Tasso
Jereissati (PSDB-CE), defendeu nesta quinta-feira, 8, que os senadores
confirmem na Casa, sem alterações, o mesmo texto aprovado pelos
deputados. Uma mudança no mérito do texto faria com que a proposta
tivesse que voltar para análise da Câmara.
“Há uma ideia que me parece também ser consenso aqui: o Brasil não
suportaria que esse projeto da Câmara voltasse para a Câmara; e, na
Câmara, fosse aberta uma outra comissão especial, o que levaria a outra
discussão no plenário, o que faria retornar o projeto para cá e levar
essa reforma para o ano que vem.(…) O país não suportaria isso. O nosso
país não suportará que uma questão como essa se prolongue tanto tempo”,
defendeu.
O senador disse que pretende apresentar seu parecer sobre a
constitucionalidade do texto em até três semanas. Tasso disse que
pretende deixar “praticamente incólume” aquilo que é o coração do que
foi aprovado na Câmara e que o que não foi contemplado virá por meio de
uma PEC paralela.
O relator disse que, durante a tramitação na Comissão de Constituição
e Justiça (CCJ) da Casa, a única comissão que vai analisar a matéria
antes da votação no plenário, pretende mais ouvir do que falar. O tucano
também se comprometeu a fazer as audiências públicas que forem
necessárias na CCJ, “com toda humildade e paciência que nos cabe ter
neste momento”.
Pacto
A presidente da CCJ, senadora Simone Tebet (MDB-MS), fez um apelo aos
colegas: que não façam da reforma um campo de polarização. Segundo ela
há uma divisão entre os ditos como defensores da reforma, apenas porque
pensam em números, e aqueles que são contra, porque pensam nas pessoas
mais carentes, nos trabalhadores e na sociedade brasileira.
“Que esse discurso não seja um discurso que reine neste plenário, até
porque nós não estamos falando de um ou outro, mas de um e outro. Não é
possível tratar de gente sem números. Os números são que permitirão que
nós possamos garantir os direitos mais básicos do cidadão brasileiro”,
disse.
Simone Tebet considerou positivo o texto que foi aprovado na Câmara.
“A reforma já chega como uma reforma mais justa e pronta para ser
debatida nesta Casa. Ela não chega pronta; ela chega para o debate, o
debate que se dará na Comissão de Constituição e Justiça e Redação”,
disse.
Fonte: Repórter Ceará – Agência Brasil
Postado por Raimundo Lima
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