O novo tratamento será disponibilizado, primeiramente, aos
pacientes do Rio Grande do Sul e do Amazonas, estados com maior
incidência da doença.
O Ministério da Saúde iniciou a oferta da dose tripla combinada, o
chamado três em um, dos medicamentos Tenofovir (300 mg), Lamivudina (300
mg) e Efavirenz (600 mg). Atualmente, esses fármacos são distribuídos
pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e consumidos, separadamente, pelos
pacientes com portadores de HIV e aids. O novo tratamento será ofertado,
em um primeiro momento, para dois estados que possuem as maiores taxas
de detecção. A dose fixa combinada será disponibilizada gradativamente
aos demais estados do país.
O principal ganho com o novo medicamento antirretroviral está na
redução do número de pacientes que deixam de dar continuidade ao
tratamento. Isso porque a disponibilidade das três composições em um
único comprimido facilita a ingestão permitindo boa adesão ao tratamento
e durabilidade do esquema terapêutico.
Essa combinação de medicamentos integra o Protocolo Clínico de
Tratamento de Adultos com HIV e Aids do Ministério da Saúde, publicado
em dezembro de 2013, e será disponibilizado como tratamento inicial para
os pacientes soropositivos. Considerado um importante avanço, o Brasil
passa a garantir o tratamento três em um, a exemplo de países como
Estados Unidos, China e África.
A partir de agora, pacientes destes dois estados passam a tomar, em
dose única, os medicamentos: Tenofovir (300 mg), Lamivudina (300 mg) e
Efavirenz (600 mg). O tratamento será disponibilizado, inicialmente,
para pessoas que sejam identificadas como soropositivo a partir da data
de publicação do anúncio do Ministério da Saúde (27 de junho de 2014).
Estima-se que cerca de 11 mil pacientes devam ser atendidos nos dois
primeiros estados. Os medicamentos já estão disponíveis nos estados do
Rio Grande do Sul e Amazonas. A medida se estenderá gradativamente aos
demais estados do país e a todos os pacientes soropositivos.
Cenário - De acordo com o Boletim Epidemiológico
HIV-Aids, em 2012 o Rio Grande do Sul apresentou a maior taxa de
detecção do país, com 41,4 casos por 100 mil habitantes, e o Amazonas
29,2. A taxa de detecção do Brasil é de 20,2 registros da doença.
Em dezembro de 2013, o Ministério da Saúde passou a garantir a todos os
adultos com testes positivos de HIV, mesmo que não apresentem
comprometimento do sistema imunológico, o acesso aos medicamentos
antirretrovirais contra a aids pelo SUS. A medida também integra o novo
Protocolo Clínico de Tratamento de Adultos com HIV e Aids.
Desde o início da oferta do antirretroviral no SUS, há 17 anos, 313
mil pessoas foram incluídas no tratamento. Com o novo protocolo, o
Ministério da Saúde passou a disponibilizar os medicamentos a mais 100
mil pessoas, apenas em 2014. Isso significa um aumento de 32% no número
de pacientes vivendo com HIV com acesso ao antirretroviral.
A rede de assistência conta hoje com 518 Centros de Testagem e
Aconselhamento (CTA), 712 Serviços de Assistência Especializada (SAE) e
724 Unidades de Distribuição de Medicamentos (UDM). Gradualmente, as
Unidades Básicas de Saúde estão sendo incorporadas na atenção aos pacientes vivendo com aids e HIV.
(Fonte: Portal da Saúde.)
Pesquisa: Raimundo Lima
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