Em
seu discurso o presidente da Confederação, Paulo Ziulkoski, destacou a
disposição do governo de dialogar. "Já estivemos juntos neste ano cerca
de oito vezes. O diálogo e a base da federação. Existe um conflito e
esse conflito deve ser exteriorizado. A Confederação procura, dentro dos
limites, defender os interesses dos Município”, frisou.
Entre
as pautas ressaltadas por Ziulkoski está a Reforma da Previdência. O
líder do movimento municipalista explicou que a entidade tem manifestado
o apoio à medida desde a XX Marcha em Defesa dos Municípios,
realizada em maio deste ano. A decisão - tomada em assembleia geral -
se dá em função, principalmente, do impacto fiscal que as mudanças
trarão aos Entes locais, especialmente os que possuem Regime Próprio de
Previdência Social (RPPS).
Ziulkoski
apresentou aos presentes números levantados pela entidade que mostram
como a reforma, com as mudanças trazidas pela chamada proposta enxuta,
terá impacto positivo nas administrações municipais. Ele lamentou ainda o
fato de a imprensa ter veiculado notícias dizendo que os Municípios
estão se vendendo. “Os Municípios não estão se vendendo por R$ 2
bilhões, isso é humilhante para nós. Isso não é verdade”, argumentou.
O
presidente da CNM destacou também que a Reforma da Previdência
representa uma economia imediata aos Municípios. De acordo com as
simulações feitas pela CNM, a alíquota patronal deve reduzir entre 7% e
10%, o que vai representar uma economia, por ano, equivalente a 1,26% da
folha mensal de pagamento. A CNM aponta que o montante seria suficiente
para arcar com o 13º salário e o 1/3 de férias de todos os servidores
municipais, ficando ainda dinheiro disponível em caixa. Esse cenário vai
possibilitar que as finanças públicas estejam mais equilibradas,
permitindo que se invista mais em áreas essenciais como saúde, educação,
segurança e infraestrutura.
A
atuação do Congresso Nacional e os avanços obtidos pela atuação do
movimento municipalista foi destaque no discurso do presidente da CNM.
“O Congresso Nacional através dos deputados e senadores tem sido
assíduos nas nossas reivindicações. Mas reforço que temos que continuar a
agir no dia a dia”, agradeceu.
AFMNa
ocasião, Temer garantiu que os Municípios vão receber o AFM ainda neste
mês de dezembro. “Eu quero reafirmar aqui que os R$ 2 bilhões aos
prefeitos serão depositados até o final de dezembro”. O presidente da
República justificou dizendo que a liberação do valor só será possível
pois “nós conseguimos fazer a economia crescer, por isso foi possível
liberar esses R$ 2 bilhões aos prefeitos, para os eles também fecharem
suas contas”.
Temer
afirmou que é urgente um novo pacto federativo que redistribua os
recursos entre União, Estados e Municípios, mas, enquanto isso não
acontece, ele afirmou que o governo deve continuar o apoio aos
Municípios. “Se a economia continuar a crescer, vamos repetir ou
aumentar a dose para o ano que vem”, garantiu.
Para
que a Reforma da Previdência seja aprovada, Temer solicitou e enfatizou
a importância do apoio dos gestores municipais. “Eu peço que os
senhores comecem a manter contato com os parlamentares para que votem a
Reforma da Previdência. Na certeza que depois da reforma ainda faremos
uma reforma tributária mais justa”, pediu.
Outras pautasZiulkoski
aproveitou a oportunidade para alertar o governo federal quanto a
outros pleitos que são de urgência para os Municípios. Entre eles, o
projeto que cria piso para os agentes comunitários de saúde que deve
onerar ainda mais as administrações municipais. Ele destacou que é
necessário mostrar aos parlamentares os impactos que o projeto deve
gerar para a União e para os Municípios. Sobre o Piso do Magistério, ele
criticou a forma de reajuste e apontou para a importância de mudar esse
critério.
A
derrubada do veto ao Imposto sobre Serviços (ISS) também foi lembrada
pelo presidente entre as conquistas festejadas pelo movimento
municipalista. Outra conquista foi os Precatórios, aprovado pelo
Congresso e que aguarda sanção presidencial. Além disso, Ziulkoski
também lembrou da aprovação da Lei Kandir e do 1% do Fundo de
Participação dos Municípios (FPM) para setembro.
Programas federais“Os
Municípios gastam hoje R$ 58 bilhões, ou seja, cerca de 12% da receita
para custear os programas federais. Os governos foram criando, criando
programas e os Municípios não conseguem fechar as contas lá na ponta”,
frisou o presidente da CNM. Ele lembrou ainda que a revisão desses
programas é outra pauta da entidade e que deve ser muito cobrada no
próximo ano.
(Fonte: Portal CNM)
Postado por Raimundo Lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário