A Polícia Federal deflagrou (15) a Operação Efeito Dominó, um
desdobramento da Operação Spectrum, iniciada em julho de 2017, que
desarticulou uma estrutura estabelecida para o tráfico internacional de
drogas.
Cerca de 90 policiais cumprem 26 ordens judiciais, sendo 18 de busca e
apreensão, cinco de prisão preventiva e três de prisão temporária nos
estados do Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Mato Grosso do
Sul e São Paulo, além do Distrito Federal.
Durante as investigações da Operação Spectrum, a PF desarticulou uma
estrutura criminal criada visando o tráfico internacional de drogas.
Esse esquema era comandado por Luiz Carlos da Rocha, mais conhecido como
Cabeça Branco. Ele era tido como um dos maiores traficantes da América
do Sul, tendo conexões em dezenas de outros países.
Doleiros
Por meio de nota, a PF informou hoje que as investigações demonstram
“robustos indícios acerca do modus operandi [modo de operação] da
organização criminosa, consistente na convergência de interesses das
atividades ilícitas dos “clientes dos doleiros” investigados, pois de um
lado havia a necessidade de disponibilidade de grande volume de reais
em espécie para o pagamento de propinas e de outro, traficantes
internacionais como Luiz Carlos da Rocha possuíam disponibilidade de
recursos em moeda nacional e necessitavam de dólares para efetuar as
transações internacionais com fornecedores de cocaína”.
Dois doleiros tinham atuação “concreta e direta” com o grupo
criminoso. Ambos eram conhecidos desde a Operação Farol da Colina (caso
Banestado) e na Lava Jato. De acordo com os investigadores, eles foram
alvos de investigações pela mesma prática criminosa.
“Quanto ao operador financeiro (doleiro) já investigado da Operação
Lava Jato, chama atenção o fato de ter retornando às suas atividades
ilegais mesmo tendo firmado acordo de colaboração premiada com a
Procuradoria Geral da República e posteriormente homologado pelo Supremo
Tribunal Federal. A Procuradoria Geral da República e o Supremo
Tribunal Federal serão comunicados sobre a prisão do réu colaborador
para avaliação quanto à “quebra” do acordo firmado”, diz a nota da PF.
Com a operação de hoje, a PF pretende reunir informações
complementares da prática dos crimes de lavagem de dinheiro, contra o
Sistema Financeiro Nacional, organização criminosa e associação para o
tráfico internacional de entorpecentes.
Fonte: Repórter Ceará – Agência Brasil
Postado por Raimundo Lima
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