quinta-feira, 26 de abril de 2018

Sempre foi comum que a ovinocultura no Brasil fosse uma atividade secundária nas propriedades rurais.


Sempre foi comum que a ovinocultura no Brasil fosse uma atividade secundária nas propriedades rurais. No entanto, essa realidade está mudando e a ovinocultura vem ganhando destaque no agronegócio, devido aos altos preços do kg da carne de cordeiro, surgimento de técnicos especializados na área e novas pesquisas que contribuem para maior produtividade e rentabilidade da atividade.
Atualmente, rebanho ovino brasileiro está estimado em 16,8 milhões de cabeças, sendo 23,5% do efetivo nacional localizado na região Sul e, em 2ºlugar, no Nordeste com 18% (IBGE,2009). O Sudeste e Centro-Oeste, por sua vez, vêm se destacando pela alta produção e padronização de carcaça. Ainda assim, a ovinocultura nacional não consegue suprir a demanda e exigência do mercado interno. O consumo de carne ovina no Brasil (700g/hab./ano) é bem pequeno, comparado a outros países. Mesmo assim, mais de 60% da carne consumida aqui é importada do Uruguai, Chile e Argentina.
Este panorama atual está relacionado à falta de planejamento das propriedades. É grande o número de produtores com rebanhos pequenos, produzindo cordeiros com grande diversidade de idade ao abate e sem padronização de carcaça. O pequeno produtor, por estar sozinho, tende a verticalizar sua produção, ou seja, quer criar, recriar, terminar, abater e vender os cortes cárneos. Como não têm produção suficiente para terceirizar o abate em frigoríficos legalizados, recorrem aos abatedouros clandestinos.
No entanto, novas oportunidades surgem para o produtor de ovinos de corte. A abertura de novos frigoríficos nos grandes centros de produção, como SP, MS, RS, BA, associada à implantação de cooperativas, ou núcleos de produção bem geridos, nas diversas regiões do país, são formas de viabilizar a produção e comercialização, contribuindo para o desenvolvimento da cadeia produtiva. Alguns reflexos de iniciativas como estas já podem ser vistos, refletidos no aumento dos abates em frigoríficos legalizados.
Planejamento
Se há a pretensão de ser eficiente e ter lucro nesta atividade, é necessário planejamento e acompanhamento do projeto por um técnico especializado. O rápido ciclo de produção de ovinos e suas peculiaridades não permite erros.
Alguns pontos devem ser levados em consideração quando se pretende iniciar um projeto, tais como:
Ø  Objetivo do produtor
Ø  Produção de insumos da região
Ø  Escoamento do produto final
Ø  Área geográfica da propriedade
Ø  Mão-de-obra disponível
Quantos animais irão compor o rebanho? A área disponível, sua capacidade suporte, a área a ser destinada à plantação de volumoso para suplementação na época da seca e a capacidade de investimento do produtor determinarão em quantos animais o rebanho se estabilizará. Não ter este planejamento, comumente resulta em falta de comida para os animais, principalmente na época da seca.
O manejo reprodutivo é outro ponto abordado no estudo de um sistema de produção. Define-se a implantação de técnicas e manejos de acordo com a demanda de cordeiros para abate. Por exemplo: pode-se definir ou não pelo uso de estação de monta, que permite a parição concentrada e em épocas definidas,tendo um número maior de cordeiros em épocas de maior demanda e melhores preços, promovendo a concentração do uso de mão de obra em determinadas épocas do ano, disponibilizando meses para reparos na fazenda.Maiores  informações  sobre  OVINOCAPRINOCULTURA  É  NA  AGROCEL  -85.30641414

     
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Postado por Raimundo Lima

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