quarta-feira, 11 de junho de 2014

PENSANDO NA EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA



Educar neste país hoje, exige força, garra e determinação. Existem muitos professores mal remunerados, péssimas condições de trabalho e políticas públicas que não satisfazem os anseios da população. Fala-se de democracia mas é apenas da boca para fora, empurram goela abaixo muitas decisões que deveriam passar pelo clivo da população, alunos desmotivados, ausência de pais na escola, todos esses fatores nos levam a pensar em qual educação queremos para a nossa população e para o futuro de nossos filhos?
 Não se constrói um país sem políticas voltadas para educação, e isso me faz refletir, a respeito das escolas de tempo integral.  Na minha visão, é de suma importância que o estado ofereça educação de tempo integral, mas como? Se as escolas não oferecem o mínimo de infraestrutura física para receber esses alunos, não seria caro leitor uma incoerência? Numa visão mais ampla sobre a educação passo a refletir sobre as ações do governo, que muitas vezes não pensam antes de agir. Para que o jovem possa permanecer na escola durante sete horas é necessário diversos fatores, como: boa alimentação, um bom plano pedagógico, monitores preparados e acompanhamento sistêmico.  A rua está repleta de ofertas para levar os jovens para a margem do caminho, precisamos estar preparados para combater os que praticam crime contra os jovens. Pensar em educação me leva a refletir que a educação pública brasileira está doente, precisando de uma UTI.
             O direito a educação está assegurado pela Constituição Federal de 1988, portanto, é obrigação do poder público garantir ao cidadão o exercício desse direito. Esta garantia pode ser chamada de ação do estado e todos os governos são obrigados a promovê-la. No entanto, as formas de fazê-lo variam de acordo com as orientações de cada governo ao longo do tempo. De acordo com o disposto na constituição, essa obrigação não é exclusiva da união e se dá através de uma organização sistêmica que envolve as esferas federal, estaduais e municipais.
                   Nesse contexto educacional, é na gestão municipal que devemos nortear os seguintes aspectos:

  • Equidade no atendimento aos alunos, ou seja, não se pode justificar condições de atendimento diferenciado numa mesma rede;
  • Organização do trabalho, mediante definição clara de funções, objetivas, procedimentos e planos de trabalho, além da sistematização e disseminação de informações e rotinas para orientar as decisões;
  • Decisões fundamentadas em fatos e dados, na medida em que um sistema complexo como o da educação não pode ser gerido com base em suposições;
  • Descentralização, com vista a dar poder de decisões a quem conhece e pode equacionar o problema, fomentar o compromisso, a participação, a eficiência e a qualidade da educação da pública;
  • Foco nas atividades afim da educação, ou seja, manter o olhar direcionado para a dimensão pedagógica, para as escolas e para a aprendizagem dos alunos.
  • Participação de outros atores da gestão da educação municipal, tais como pais e familiares dos alunos, trabalhadores da educação e a própria comunidade.

                 Pensando em educação, são muitos os fatores que fazem o nosso país avançar na educação, mas para isto acontecer, é preciso que tenhamos governantes comprometidos com a causa educacional brasileira.




Raimundo Lima do Nascimento

                                         

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