Inicialmente gostaria de esclarecer um pouco sobre o novo método de aplicação de provas do Enem (Exame Nacional de Ensino Médio), que passou a ser aplicado em 2009. É um método unificado, onde as Universidades utilizam as notas do Enem e não realizam mais seus próprios vestibulares. O aluno pode escolher cinco cursos diferentes em instituições diferentes, mas só poderá ser aprovado em um deles.
A novidade agora é que 2011 será o último ano em que a prova será aplicada uma vez ao ano. A partir de 2012 a prova do Enem será aplicada duas vezes ao ano. Segundo a presidente do Inep, Malvina Tuttman, a estrutura do Enem hoje é gigantesca, sendo realizado em “12 mil locais, 140 mil salas de aula e 1.599 municípios”.
Eu particularmente vejo que essa sistematização democratizou bem mais o ingresso do aluno de escolas públicas nas universidades públicas. Por outro lado, houve uma mudança absurda. Uma prova de 200 questões, onde antes tinha-se 63 questões, não é um prova que avalie necessariamente se o aluno está pronto para ingressar na universidade. Isso é uma prova de resistência. Acima de qualquer avaliação está sendo avaliada a resistência física e mental do candidato.
Além disso, o fato da prova ocorrer em dois dias, traz um forte risco para o aluno que foi bem no primeiro dia de prova. Por algum motivo poderá perder a prova do dia seguinte, ou não ser tão bom por qualquer outro motivo do seu dia-a-dia. Além do mais,o índice de pessoas que não comparecem no segundo dia de prova é enorme. Na maioria das vezes, por se achar vencido pela enorme prova do dia anterior.
Quem sou eu, para aqui dizer que todo o sistema do Enem é um sistema deficiente. Mas o que vejo é que inúmeras decisões são tomadas sem que os senhores do poder conheçam a realidade de nossos alunos. Decisões como essas deveriam partir da visão dos próprios candidatos e professores, pois esses sim sabem bem a realidade das escolas.
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