O pior erro que um político pode cometer é usar as
desgraças a favor de suas pretensões políticas. O julgamento da população
costuma ser duríssimo. Foi precisamente o que fez o deputado estadual Capitão
Wagner (PR), ao usar a tribuna da Assembleia para atacar o governador
Camilo Santana, chamando-o de “frouxo”.
Como não poderia deixar de ser, recebeu uma
resposta à altura. No momento em que um grupo criminoso aterroriza a população,
é hora de baixar o tom da política. É hora de unir forças e combater o
criminoso, e não o operoso secretário da Segurança ou o governador. Afinal, o
ataque do terror nada mais é que uma reação a medidas do Governo que os
criminosos não gostaram, como prisões ou transferências de presos.
A semana do Capitão Wagner não foi das melhores. No
mesmo dia em que o crime incendiava mais de uma dezena de ônibus na cidade e
tentava tornar a cidade refém de bandidos, o deputado arregimentou sua tropa
para mobilizar empresários do ramo de confecções que ocupam ruas do Centro,
como a tombada rua José Avelino. O Capitão quer ser prefeito. Uma das
obrigações do síndico da cidade é organizá-la, impedindo ocupações ilegais e
invasões do espaço público. Se há uma dinâmica econômica que interessa à
cidade, é então papel do município articular uma boa saída. No caso, incentivar
a instalação dos negócios que estão na rua em espaços adequados. É precisamente
o que vem sendo feito.
A cidade (Fortaleza 2040) definiu uma área
geográfica (Jacarecanga) para receber aquela atividade econômica. Daí provocou
a iniciativa privada para que construísse shoppings populares com
estacionamento, hotelaria, praça de alimentação e banheiros para receber em
condições civilizadas e corretas do ponto de vista urbano, tanto vendedores
quanto compradores. É um imenso desserviço para a já sofrida loura desposada do
sol um movimento que quer manter a caótica, suja, irregular e perigosa feira
nas ruas históricas de nosso Centro.
Fonte. Blog o Eliomar
Postado.Raimundo Lima
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