A Câmara dos Deputados aprovou, nesta
quarta-feira (22/3), o texto-base do Projeto de Lei (PL) 4.302/1998, que libera a terceirização
das atividades-fim em empresas, inclusive na administração pública, por 231 a
favor, 188 contrários. Após a votação dos destaques, o projeto, que já foi
aprovado pelo Senado, seguirá para sanção presidencial.
O projeto libera também o trabalho temporário
atividades-fim e meio das empresas, além de alongá-lo de 90 para 180 dias
consecutivos ou não. Passados esses seis meses, o trabalhador só poderá ser
contratado novamente pela mesma empresa 90 dias após o fim do contrato
anterior.
Na falta de lei específica sobre o tema, vale
hoje o que prega o Tribunal Superior do Trabalho. Com a Súmula 331, a corte restringe serviços terceirizados
para três situações específicas — trabalho temporário, segurança e conservação
e limpeza — e uma hipótese geral — quando os serviços se relacionam à
atividade-meio do empregador. [Clique aqui para ler a reportagem especial da ConJur
sobre o tema].
O texto também estabelece a responsabilidade
subsidiária da empresa contratante em relação aos funcionários da terceirizada.
No PL, a empresa contratante é “subsidiariamente responsável pelas obrigações
trabalhistas referentes ao período em que ocorrer o trabalho temporário e em
relação ao recolhimento das contribuições previdenciárias”.
O projeto votado nesta quarta foi elaborado
durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), encaminhado à Câmara
em 1998 e aprovado no Senado em 2002. Deputados contrários ao projeto
criticaram a votação da proposta 15 anos depois e chegaram a defender a
apreciação de outro texto, em tramitação no Senado, que trata do tema.
“Já votamos essa matéria aqui e aprovamos uma
matéria que foi para o Senado e que é muito diferente desse projeto que está na
pauta aqui hoje. Essa matéria não passou pelo debate dessa legislatura e
seguramente representa um duro ataque aos direitos dos trabalhadores”, disse a
deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
O deputado André Figueiredo (PDT-CE) criticou o
aval para que a troca dos vínculos formais de trabalho pelo terceirizado ou
ainda uma empresa em nome do trabalhador, a chamada “pejotização”. Ele disse
ainda que a proposta poderá levar à quarteirização (quando a empresa
terceirizada também contrata mão de obra).
O outro projeto que tramita atualmente no Senado
é o Projeto de Lei da Câmara 30/2015, antigo PL 4.330/2004.
A proposta foi apresentada pelo ex-deputado Sandro Mabel (PL-GO) e abarcou
outros projetos de lei sobre o tema que foram apensados ao texto.
Obstrução da oposição
Contrária ao projeto, a oposição obstruiu os trabalhos desde o início da sessão, e só parou após acordo para que fosse feita a votação nominal do projeto e simbólica dos destaques. A discussão do PL foi iniciada na manhã desta quarta-feira (22/3).
Contrária ao projeto, a oposição obstruiu os trabalhos desde o início da sessão, e só parou após acordo para que fosse feita a votação nominal do projeto e simbólica dos destaques. A discussão do PL foi iniciada na manhã desta quarta-feira (22/3).
O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) disse que a
iniciativa vai fazer com que a maioria das empresas troque os contratos
permanentes por temporários. “Essa proposta tem por objetivo uma contratação
mais barata, precarizando e negando direitos. O próximo passo é obrigar que os
trabalhadores se transformem em pessoas jurídicas, abrindo mão de férias,
licença-maternidade e outros direitos”, disse.
No início da tarde, o relator Laercio Oliveira
(SD-SE) apresentou o seu parecer e rebateu as críticas. De acordo com o
deputado, o projeto não retira direitos. “Faço um desafio: apontem dentro do texto
um item sequer que retire direitos dos trabalhadores. Não existe”, disse.
O líder do governo, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB),
defendeu o projeto argumentando que a medida vai ajudar a aquecer a economia,
gerando novos empregos. “O Brasil mudou, mas ainda temos uma legislação
arcaica. Queremos avançar em uma relação que não tira emprego de ninguém, que
não vai enfraquecer sindicatos. Eles também vão se modernizar”, disse. Com
informações das agências Câmara e Brasil.
Portanto, peia mais uma vez na
cara dos trabalhadores, ou o país tira esse governo corrupto e carrasco ou os
trabalhadores irão para na miséria mais do já se encontram. Esse cidadão tomou
a presidência com um golpe covarde, apenas com o intuito de prejudicar os
trabalhadores de nosso país. Nas basta vender as nossas riquezas para o capital
estrangeiro agora que acabar com a maior parte da população que são os
trabalhadores.
Fonte. Agências Câmaras e Brasil
Comentário:Raimundo Lima
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