Parlamentares são suspeitos de
estelionato, falsidade ideológica, falsidade de documento particular e peculato
Vereadores foram presos em operação do MPCE e
Polícia Civil em Itarema (Foto: Maykon Gomez)
Oito vereadores do município de Itarema, no
interior do Ceará, foram presos preventivamente nesta terça-quarta (28) durante
uma operação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), a partir da
Promotoria de Justiça de Itarema e do Grupo de Atuação Especial de Combate às
Organizações Criminosas (GAECO). Segundo o órgão, os vereadores são suspeitos
de estelionato, falsidade ideológica, falsidade de documento particular e
peculato.
Com o apoio de equipes da Polícia Civil e da
Coordenadoria de Operações da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social
(SSPDS), foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, 32 de condução
coercitiva e nove de prisão preventiva. Além dos oito vereadores, também foi
decretada a prisão da diretora de Recursos Humanos da Câmara dos Vereadores de
Itarema,
Além das prisões, foi decretado pela Justiça de
Itarema o afastamento do vereadores, da diretora e de outros servidores da Casa
Legislativa Municipal.
O G1 entrou em contato com a Câmara
Municipal de Itarema durante esta manhã, mas as ligações não foram atendidas.
Investigações
A investigação teve início após denúncias de uma
pessoa que se sentiu prejudicada por não conseguir receber benefício
previdenciário em razão de um suposto vínculo com a Câmara, até então
desconhecido pela vítima. O MPCE iniciou as investigações sobre a contratação
de servidores fantasma pela Câmara Municipal.
Como resultado das investigações iniciais, a Justiça
já havia decretado busca e apreensão de documentos, como livros de pontos, que
comprovaram que várias pessoas haviam sido contratadas pela Câmara. Segundo o
MPCE, os servidores recebiam salários sem comparecer ao prédio do legislativo
municipal.
Funcionários contratados também eram obrigados a
repassar parte de seus salários aos vereadores investigados. Servidores
parentes de parlamentares prestavam serviços sem nenhum vínculo formal com a
Câmara e recebiam os vencimentos em espécie e diretamente dos representantes
legislativos na própria Câmara dos Vereadores.
Operação Fantasma
A "Operação Fantasma" foi deflagrada por
promotores de Justiça de Itarema e do GAECO, além de membros do MPCE de Cruz e
de Morrinhos. Os agentes do Ministério Público Estadual ouvirão os suspeitos
conduzidos coercitivamente durante todo o dia. A estimativa do órgão é que as
denúncias contra os investigados sejam apresentadas à Justiça nos próximos
dias, após análise do material apreendido.
Esta é a segunda fase da "Operação
Fantasma". A primeira ocorreu em abril deste ano. Na primeira fase, foi
cumprido um mandado de busca e apreensão com o objetivo de investigar o suposto
esquema de “servidores fantasmas” na gestão da Câmara Municipal.
Fonte:
Portal G1
Postado por Raimundo Lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário