domingo, 31 de maio de 2015

PROFESSOR RAIMUNDO LIMA FALA DE POLÍTICA EDUCACIONAL COM FOCO NA META 20 – FINANCIAMENTO

Aconteceu no dia 30 de maio no Município de Trairi, mais uma pré-plenaria, com culminância do Plano Estadual de Educação do Estado do Ceará (PEECE), o evento foi dividido em oito eixos temáticos com base nas vinte metas de Educação. O evento contou com a participação de vários segmentos da sociedade, principalmente das credes regionais.

Eu Raimundo Lima, como professor formado em matemática fiquei com o eixo nove que tratava somente do financiamento da educação (meta vinte). Pudemos então discutir sobre o planejamento que os municípios estão fazendo e devem fazer para obter os recursos repassados pelo FUNDEB. Percebemos que em todo o Estado do Ceará há uma elevada queda no número de matrículas, isso faz com os recursos venham a serem reduzidos a cada ano, já que o cálculo do repasse é baseada no valor custo-aluno. As perguntas são o que fazer? E como se adequar? Precisaremos demitir servidores efetivos? Está provado que se não houver replanejamento muitos municípios cearenses não poderão cumprir os custos da educação em seu município.

 Outra questão pertinente que vejo é a questão de atender as crianças de creches e centros de educação infantil, pois para não ter que demitir esses profissionais deveremos fazer uma adequação dos professores do ensino fundamental para a educação infantil, claro, depois de um processo de formação continuada para esses profissionais. Eu sei que esse tema é muito polêmico, e torna-se mais preocupante, porque o dinheiro para investir em educação está cada vez mais escasso.

Outro ponto comentado é o fim da manutenção dos quarenta por cento, passando os recursos somente para o pagamento dos professores. Mas quem iria cuidar dos prédios e da manutenção da educação? Para que o município se adeque precisará reduzir contratos e readaptações, acabando com os termos de seção que tanto oneram o município e só servem para apadrinhar meia dúzia de pessoas que não tem compromisso com a educação e sim em só se locupletar com o dinheiro público.

Outro ponto que merece destaque é o aproveitamento dos prédios públicos para se fazer novas creches no município afim de atrair mais alunos para a rede educacional, obedecendo sempre o que a Lei de Diretrizes de Base da Educação diz, o Plano de Articulações (PAR) precisa estar bem preparado com projetos para beneficiar os municípios, pois sua principal função é angariar recursos através de projetos para educação. 
                 
Neste sentido, o FUNDEB não tem mais como garantir a educação, o Estado precisa criar um financiamento que investe a lógica, não colocando como principal fonte o número de matrículas de alunos, usando o regimento de colaboração entre estados e municípios, pontos polêmicos esses que precisam ser debatidos até a exaustão, por que nos faz refletir, como será a educação do futuro, como poderemos valorizar os nossos profissionais educadores, e que política de formação poderemos oferecer. Os gestores precisam estar atentos a todas essas questões sobre pena de levar o município à falência, já que em muitos municípios, comércio local depende diretamente dos recursos da educação de forma direta e indireta.

Dos programas sociais do Governo Federal e Estadual

Os programas sociais do Governo Federal e Estadual que vem para os municípios, através do Plano de Ações Articuladas (PAR), devem ser debatidos, pois, o maior problema é a falta de planejamento dos gestores escolares, na aplicação, precisamos de uma política de formação que garanta que esses recursos possam ser aplicados realmente em prol dos alunos e da comunidade, já para o bom funcionamento do PAR é preciso projetos que venham de encontro à comunidade e aos alunos. Para fazer educação neste país, é preciso planejar sempre com os olhos voltados para o futuro, para que tenhamos escolas de qualidade e prédios bem estruturados de acordo com a realidade de cada comunidade.


Plano de demissão voluntária



Infelizmente em alguns municípios poderá haver um plano de demissão voluntária, ou seja, professores que serão demitidos através de processo administrativo, devido à escassez de alunos em alguns municípios. No caso, ou os municípios se planejam ou no futuro muito breve poderão passar por sérias dificuldades para manter o seu quadro de professores. Tudo isso precisa ser bem discutindo na política educacional, porque estes próximos dez anos poderão ser decisivos para os municípios brasileiros. Eu como educador venho observando ano a ano e percebendo a fragilidade do sistema educacional de alguns municípios. Portanto precisamos debater, realizar fóruns e abrir discussões sempre buscando a melhoria educacional de nosso país.










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