O anúncio dos áudios reveladores das maracutaias do golpista Temer e
de vários de seus asseclas, entre eles, o senador Aécio Neves –
caricatura perfeita de Carlos Lacerda nos dias atuais –, expôs uma
verdade que grande parte do país já sabia: estávamos sendo governados
por um bando de ladrões, picaretas e canalhas!
Tal como o Executivo, também o Poder Legislativo federal não tem
condições de manter suas prerrogativas constitucionais, visto que a
maior parte de seus membros está envolvida com os operadores da
corrupção no Brasil.
O 33º Congresso da CNTE, realizado em janeiro de 2017, chamou a
atenção para uma nova e inevitável ruptura do processo político no
Brasil – após o golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, eleita
democraticamente e sem que tivesse cometido crime de responsabilidade –,
e a orientação do referido Congresso foi a seguinte:
[…] a agenda da CNTE para o próximo período deve manter a
resistência contra o governo golpista, bem como impedir que um novo
golpe seja orquestrado através de eleições indiretas, caso Temer seja
cassado a partir de 2017. A escolha presidencial indireta, embora
prevista na Constituição, constituirá um novo golpe dentro do golpe,
amparado no mesmo formalismo jurídico que impediu o mandato de Dilma
Rousseff. Para tanto, é fundamental lutarmos por eleições diretas com o
compromisso de eleger projetos democráticos e populares pautados no
desenvolvimento com inclusão social, priorizando a aliança da classe
trabalhadora com setores progressistas da sociedade, especialmente as
Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, os movimentos temáticos
(cultura, mulheres, antirracismo, LGBT, direitos humanos e outros) e a
juventude, que tem promovido importante resistência à agenda golpista
neoliberal ocupando escolas, institutos federais e universidades
públicas. E a democratização da mídia continua sendo imprescindível na
luta contra o golpe, assim como o resgate da democracia e dos direitos
deve ser o norte para as ações futuras de todo o campo progressista
brasileiro.
Seguindo esta orientação congressual, a CNTE reforça a convocatória
para que suas afiliadas estejam presentes em massa no ato Ocupa
Brasília, dia 24 de maio, que tem por objetivo rechaçar as antirreformas
do governo golpista, exigir novas eleições diretas e depor o governo
ilegítimo e corrupto de Michel Temer. Dirigentes do Sindicato APEOC já
confirmaram presença no ato. Eles seguirão de ônibus até Brasília
juntamente com outros sindicalistas e lideranças dos movimentos sociais
do Ceará.
Fonte: Site da CNTE
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