O ministro da Saúde, Ricardo Barros, participa da
mobilização, em visita a um posto em Feira de Santana (BA). Serão 36 mil salas
de vacinação e 27 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais
Os postos de vacinação de todo o país estarão
abertos neste sábado (13) para o Dia “D” de mobilização contra a gripe. Até o
dia 26 de maio deverão ser vacinadas, em todo o Brasil, 54,2 milhões de pessoas
que integram o público-alvo. O dia de mobilização é uma parceria do Ministério
da Saúde com as secretarias estaduais e municipais de saúde e tem como objetivo
reforçar a importância da vacinação, deste grupo prioritário, pelo Sistema
Único de Saúde (SUS).
Neste sábado (13), o ministro da Saúde, Ricardo
Barros, visitará um posto de vacinação montado na Secretaria Municipal de Saúde
de Feira de Santana (BA). O município conta com 120 salas de imunização e mais
de 460 profissionais envolvidos na mobilização. Até o momento, 54,2 mil (48%)
pessoas se vacinaram em Feira de Santana, de um público-alvo formado por 112,4
mil.
Em todo o país, a campanha conta com uma estrutura
formada por cerca de 36 mil salas de vacinação e com a participação de
aproximadamente 240 mil pessoas. Além disso, serão utilizados mais de 27 mil
veículos terrestres, marítimos e fluviais, que possibilitarão a vacinação em
populações que vivem em áreas de difícil acesso, como as ribeirinhas e os povos
indígenas.
“Hoje, o Brasil é o país que mais oferta vacina de
influenza. Estamos adquirindo 60 milhões de doses para vacinar 54,2 milhões de
brasileiros. A vacina está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) de forma
gratuita”, ressaltou o ministro Ricardo Barros. Ele lembrou que ela é
totalmente segura e pode evitar as complicações geradas pelos principais
subtipos de influenza que circulam atualmente. “É fundamental que a
população-alvo aproveite a oportunidade do Dia “D” para procurar as salas de
vacinação e se proteger antes da chegada do período de maior circulação dos
vírus”, afirmou o ministro.
A meta, neste ano, é vacinar 90% desse público até
o dia 26 de maio, quando termina a campanha. A vacina protege contra os três
subtipos do vírus recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para
este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B).
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações
do Ministério da Saúde, Carla Domingues, ressaltou que a vacina demora, pelo
menos, 15 dias para fazer efeito, por isso a importância de se vacinar o quanto
antes para não ter contato com o vírus.
BALANÇO - Até o momento, 18,4 milhões de brasileiros
procuraram os postos de saúde em todo o país. O número representa 36% do
público-alvo, formado por 54,2 milhões de pessoas. Os estados com a maior
cobertura vacinado do país, até o momento, são: Paraná (57,6%), Rio Grande do
Sul (56,1%), Santa Catarina (53,2%) e Amapá (48,7%) Já os estados com menor
cobertura são: Pará (16,4%), Roraima (17,6%), Piauí (20%), Mato Grosso (23,2%),
Rio de Janeiro (24%) e Amazonas (24%).
Entre a população prioritária, os idosos registraram
a maior cobertura vacinal, com 9,1 milhões de doses aplicadas, o que representa
43,8% deste público, seguindo pelas puérperas (42,3%) e trabalhadores de saúde
(41,8%). Os grupos que menos se vacinaram foram os indígenas (18,7%), crianças
(26,6%), professores (25,7%) e gestantes (32%). Entre as regiões do país, o Sul
apresentou o melhor desempenho em relação à cobertura vacinal contra a
influenza, com 48,5%, seguida pelas regiões Sudeste (28,3%); Centro-Oeste
(23,2%); Nordeste (19,5%) e Norte (16%).
Desde o dia 17 de abril, a vacina contra a gripe
está disponível nos postos de vacinação para crianças de seis meses a menores
de cinco anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos
indígenas; gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto); população privada
de liberdade; funcionários do sistema prisional, pessoas portadoras de doenças
crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais, além
dos professores que são a novidade deste ano.
Os portadores de doenças crônicas não
transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, devem
apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em
programas de controle das doenças crônicas do SUS deverão se dirigir aos postos
em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescrição
médica. A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da
Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por
estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções
respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados
os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.
PREVENÇÃO - A transmissão dos vírus influenza acontece
por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela
pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das
mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos,
nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de
cuidados simples como medida de prevenção para evitar a doença, como: lavar as
mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar
tocar o rosto; não compartilhar objetos de uso pessoal; além de evitar locais
com aglomeração de pessoas.
É importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas,
ao apresentarem os sintomas da gripe - especialmente se são integrantes de
grupos mais vulneráveis às complicações - devem procurar, imediatamente, o
médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de
outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento
pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de
sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.
CASOS - O último boletim de influenza do Ministério da
Saúde aponta que, até 6 de maio, foram registrados 605 casos de influenza em
todo o país. Do total, 30 foram por gripe A H1N1, sendo que oito evoluíram para
óbito por H1N1. Em relação ao vírus Influenza A (H3N2), foram registrados 398
casos e 52 mortes. Houve ainda 111 casos e 30 óbitos por influenza B. Os outros
66 casos e 9 óbitos foram por influenza A não subtipada.
Em todo o ano passado, o Ministério da Saúde
registrou 12.174 casos de influenza de todos os tipos no Brasil. Deste total,
10.625 foram por influenza A (H1N1), sendo 1.987 óbitos. Em relação ao
vírus Influenza A (H3N2), foram notificados 49 casos e 10 mortes em 2016.
O Brasil possui uma rede de unidades sentinelas
para vigilância da influenza, distribuídas em serviços de saúde de todas as
unidades federadas, que monitoram a circulação do vírus influenza por meio de
casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
Estado
|
Vacinação contra a gripe –
até 12 de maio
|
||
População prioritária
|
Doses aplicadas
|
Cobertura vacinal (%)
|
|
RO
|
302.412
|
80.319
|
24,81
|
AC
|
170.024
|
60.410
|
31,96
|
AM
|
869.062
|
223.543
|
24,01
|
RR
|
150.116
|
29.236
|
17,61
|
PA
|
1.491.529
|
263.070
|
16,41
|
AP
|
139.546
|
75.313
|
48,68
|
TO
|
292.131
|
91.915
|
28,84
|
NORTE
|
3.414.820
|
823.806
|
22,35
|
MA
|
1.390.900
|
391.525
|
25,87
|
PI
|
645.402
|
139.599
|
19,95
|
CE
|
1.776.416
|
517.806
|
27,38
|
RN
|
669.091
|
219.521
|
30,51
|
PB
|
853.196
|
259.303
|
28,05
|
PE
|
1.887.670
|
572.524
|
28,62
|
AL
|
636.571
|
197.288
|
28,82
|
SE
|
408.849
|
140.064
|
31,92
|
BA
|
2.900.022
|
901.846
|
29,27
|
NORDESTE
|
11.168.117
|
3.339.476
|
27,94
|
MG
|
4.118.983
|
1.774.060
|
39,99
|
ES
|
722.718
|
324.501
|
40,55
|
RJ
|
3.643.069
|
917.388
|
23,95
|
SP
|
8.999.513
|
3.993.693
|
41,26
|
SUDESTE
|
17.484.283
|
7.009.642
|
37,39
|
PR
|
2.242.191
|
1.372.521
|
57,57
|
SC
|
1.267.596
|
729.044
|
53,17
|
RS
|
2.517.391
|
1.495.792
|
56,12
|
SUL
|
6.027.178
|
3.597.357
|
56,03
|
MS
|
582.399
|
163.694
|
25,75
|
MT
|
623.834
|
157.411
|
23,20
|
GO
|
1.219.467
|
565.378
|
43,45
|
DF
|
498.646
|
151.045
|
27,37
|
CENTRO-OESTE
|
2.924.346
|
1.037.528
|
32,76
|
TOTAL
|
41.018.744
|
15.807.809
|
35,95
|
Por Amanda Mendes, da Agência Saúde
Atendimento à imprensa
Atendimento à imprensa
Postado do Raimundo Lima.
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