quinta-feira, 26 de maio de 2011

A ditadura ideológica que cala os professores.

Amigos leitores, nos últimos dias o vídeo da professora Amanda Gurgel está entre os mais acessados na internet, uma mulher forte e determinada na busca por melhorias na educação. Amanda fala na presença de deputados e secretários aquilo que todo professor gostaria de falar, mas a ditadura política e ideológica não permite. Então, vejamos neste texto por que outros professores não falam o que Amanda falou.
Em primeiro lugar amigo leitor, você já se perguntou por que a grande maioria dos professores não é concursado? A resposta é simples: um professor concursado não perderá seu emprego por lutar por seus direitos, não perderá seu emprego por fazer uma greve ou participar de algum movimento sindicalista.  Já o professor apenas temporário, esse sim poderá perder o emprego. Terá as mesmas contas para pagar no final do mês e depende do emprego, então é melhor ficar quietinho, mesmo que tenha uma imensa vontade de expressar sua revolta em relação às grandes injustiças com sua profissão. Contudo estará sempre na balança: falar a verdade e perder o emprego.
Aos nossos olhos tudo isso passa muitas vezes de forma despercebida, mas quem tem um professor na família bem sabe. Em nossa cidade, por exemplo, lembro muito bem que foi organizada uma passeata no ano de 2010 e apareceu uma pequena quantidade de professores, somente os concursados. Engraçado não é? Por que será que os professores contratados não apareceram? Será que eles não vêem nenhuma injustiça com sua profissão?
O que vejo caros amigos é um sistema bem planejado, que gira em torno de uma ditadura ideológica, onde se tira a voz do professor de forma chantagista, pois coloca em troca seu emprego. O professor tem contas a pagar no final do mês, ficando assim difícil querer perder o emprego. Então, antes de julgar os professores como uma classe desunida, devemos cobrar uma postura ética dos gestores, que comecem dando voz ao povo através de um emprego concursado e não em troca do silêncio.

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